Evandro Carvalho pode até estar decidido a não mexer no calendário das semifinais do Pernambucano, mas a definição do problema está longe do ponto final. Após tomar conhecimento da postura do presidente da FPF, o promotor Ricardo Coelho garante que o Ministério se manterá irredutível em relação à decisão de não realizar dois jogos no mesmo dia no Recife. Nem que para isso seja preciso entrar com uma ação na justiça.
Principal opositor das ações das organizadas, Coelho lembrou que foi preciso uma intervenção do governador Eduardo Campos para que as autoridades adotassem medidas mais duras contra as ações criminosas promovidas por membros das facções organizadas. “Desde o Pernambucano do ano passado, o MPPE vinha defendendo a proibição das organizadas, mas todos foram contrários. Temos depoimentos da FPF, da Polícia Militar e dos clubes defendendo as organizadas”, revelou. “Por isso, vamos lutar para que as decisões tomadas naquela reunião sejam respeitadas integralmente. Se necessário, faremos isso ingressando com as medidas judiciais necessárias”, destacou.
Para Coelho, não há um motivo concreto para que as duas partidas sejam realizadas no Recife ao mesmo tempo. “Aquelas decisões foram tomadas em comum acordo, visando o aumento da segurança. Só um motivo de força maior justificaria a contrariedade a uma daquelas decisões.”
De acordo com o promotor, já houve uma diminuição significativa no número de casos de vandalismo relacionados aos jogos de futebol, o que reforçaria a necessidade de as medidas serem mantidas. “Ontem tivemos o caso de torcedores que, num automóvel, que apontaram uma arma para o ônibus do Sport. Além disso, o problema da agressão à equipe do Jornal do Comercio. Fatos isolados. Antes, eram centenas. Então, é importante seguir as medidas e agir com rigor e seriedade”, pontuou.
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