segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pelo segundo ano consecutivo, Caruaru fica sem futebol após o Estadual

De acordo com último senso do IBGE, divulgado em 2010, Caruaru tem uma população de 306 mil habitantes. É uma cidade que pulsa o crescimento econômico com um comércio diversificado e a verticalização do município. Na contramão desse cenário promissor está o futebol profissional. Pelo segundo ano consecutivo, a Capital do Forró ficará sem um bom jogo para assistir no segundo semestre. Fora do Campeonato Brasileiro, Porto, que no ano passado disputou a Série D em Belo Jardim, e Central vão deixar o estádio Luiz Lacerda inativo por oito meses.

Os torcedores dessas equipes sofrem com os gramados vazios. “Vão ser mais oito meses de sofrimento. Mas, se Deus quiser, vão passar logo. Enquanto isso, eu vou ficar torcendo para os outros times perderem. Só gosto de dois times: o profissional e os juniores do Central”, garante Cláudio Samuel, torcedor símbolo da Patativa. “Aqui é uma cidade grande, que não ajuda os times. Temos apenas 200 sócios em dia. Os empresários e a prefeitura não ajudam”, lamenta o Gordo, como é conhecido.
Brenno Costa/DP/D.A Press
Torcedor Cláudio Samuel lamenta falta de apoio de empresários e da prefeitura
A dor do torcedor também se reflete no comércio. Sem os jogos de futebol, o faturamento cai. Toni Pontes, junto com parte da família, administra o restaurante Nova Geração, que fica proximo à uma das entradas do Lacerdão, e só lamenta. “O pior é que o prejuízo não fica só por aqui. Vai para os ambulantes que trabalham nos jogos e para a cidade, que fica com menos visibilidade”, declara o comerciante, que tem um motivo a mais para ficar triste com os domingos sem futebol. “Eu torço para essa bomba daqui”, conta.

Outro que lamenta a má fase de Caruaru nas quatro linhas é Luiz Alberto, dono da Churrascaria Asa Branca Central há 11 anos. Nas últimas duas temporadas, o restaurante firmou uma parceria com a diretoria da Patativa. Durante a semana, os atletas profissionais do time alvinegro almoçam por lá. São cerca de 40 refeições por dia.

O gasto é abatido no valor do aluguel pago à Patativa, já que o restaurante fica embaixo das arquibancadas do Luiz Lacerda. Fora esse prejuízo, o empresário amarga a queda de movimento nos dias de grandes partidas. São de 450 a 500 pratos quando o jogo atrai maior atenção. Sem futebol, a demanda cai para 250. “Para mim, é mais do que ruim ficar sem jogo”, afirma Luiz Alberto, que ainda guarda na lembrança o jogo entre Central e Palmeiras, válido pela Copa do Brasil de 2008. “Aquele dia encheu o estádio e o restaurante”, recorda.

Fonte: Superesportes.com

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